LIRAa registra queda em Volta Redonda com fiscalização intensificada
Percentual de 1,2% classifica município como área de médio risco de infestação para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
A Vigilância Ambiental de Volta Redonda, órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgou nessa quarta-feira, o resultado do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti) de janeiro. O índice geral do município foi de 1,2%, enquanto o anterior, divulgado em novembro do ano passado, ficou em 2%. A queda é atribuída ao trabalho de fiscalização, intensificado neste período de verão.
O percentual de 1,2% classifica Volta Redonda como área de médio risco de infestação para as doenças transmitidas pelo inseto: dengue, chikungunya e zika. Nenhuma região registrou alto índice de infestação, com cinco das 12 sob baixo risco. Entre as localidades que apresentaram médio risco e estão em situação mais preocupante destacam-se os bairros: Retiro, Vila Brasília, Mariana Torres, Verde Vale, Nova Esperança, Belo Horizonte e Coqueiros.
Apesar da queda no número, a coordenadora da Vigilância Ambiental de Volta Redonda, Janaína Soledad, frisou que é preciso manter as vistorias semanais para quebrar o ciclo de vida do Aedes aegypti, principalmente neste período chuvoso.
“O índice caiu, mas isso se deve à intensificação das nossas ações de combate. Os agentes de endemias têm feito as vistorias, mas também precisamos contar com o apoio da população. No verão, o Aedes se reproduz mais rapidamente, pois os dias de altas temperaturas intercalam com as chuvas, o que ajudam a acelerar o processo de eclosão dos ovos dos mosquitos, que varia entre sete e 10 dias. Por isso é importante a população tirar dez minutos por semana para poder fazer a limpeza de recipientes que podem armazenar água em casa. Isso interrompe o ciclo de vida dos insetos, impedindo que tornem transmissores da dengue, chikungunya e zika”, ressaltou Janaína.
O LIRAa de janeiro mostra que em relação aos criadouros do mosquito, eles continuam nos chamados depósitos móveis, dentro de casas, jardins ou quintais domiciliares. Mais de 50% (50,7%) estão em pratos de plantas e bebedouros de animais. Pneus, latas, sucatas e entulhos são responsáveis por 27,5% dos criadouros encontrados. Em seguida, estão depósitos de água ao nível do solo como latões e tonéis, com 8,7%; depósitos naturais (bromélias e buracos de árvores), com 7,2%; e fixos (calhas, piscinas e ralos) 5,8%.
Foto: Arquivo Secom