Maricá se projeta como polo estratégico do setor aeroespacial brasileiro

Maricá está cada vez mais próxima de se tornar um dos protagonistas do Programa Espacial Brasileiro (PEB). Em uma reunião estratégica realizada recentemente, o prefeito Washington Quaquá, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antonio Chamon, e o presidente da Codemar, Celso Pansera, discutiram os próximos passos para a criação de um Centro Aeroespacial nas Ilhas Maricás, em Itaipuaçu. A proposta é transformar a cidade em uma base para lançamento de foguetes e satélites, aproveitando sua posição geográfica privilegiada, que favorece a economia de combustível e a eficiência operacional das missões.

A iniciativa reforça o compromisso de Maricá com a inovação tecnológica, o desenvolvimento sustentável e a geração de empregos. Segundo o prefeito Quaquá, a implantação do centro aeroespacial vai movimentar diversos setores da economia local, como habitação, alimentação e logística, além de colocar a cidade no mapa da ciência e tecnologia de ponta no Brasil.

Com a flexibilização das regras do PEB em 2022, municípios passaram a ter maior protagonismo no setor. Para o presidente da AEB, Marco Chamon, a empolgação com o projeto é inédita: “Depois de quatro décadas atuando na área espacial, nunca vi um cenário tão promissor quanto este”.

Além do impacto econômico, o projeto prevê benefícios sociais e ambientais, como o monitoramento de biomas, o apoio à agricultura e o aprimoramento do transporte por meio de tecnologia satelital. A previsão é de que a base seja usada para o lançamento de pequenos satélites, cada vez mais demandados globalmente.

O plano também contempla a criação de um polo de formação de engenheiros aeroespaciais, contribuindo para o surgimento de uma nova geração de especialistas no setor. Para o Brigadeiro José Vagner Vital, trata-se de um marco histórico, capaz de transformar Maricá na “Cabo Canaveral do Brasil” nos próximos 15 anos.

Os estudos de viabilidade estão em andamento com apoio do governo federal e da iniciativa privada. A expectativa é de que, já em 2025, o município receba eventos voltados à articulação entre governo, indústria e academia, para consolidar o projeto e captar investimentos.

Com esse movimento ousado, Maricá abre novas fronteiras para a ciência nacional e reafirma sua vocação para o protagonismo em áreas estratégicas do desenvolvimento brasileiro.