Ministro do GSI acompanha simulado de emergência em usinas nucleares de Angra dos Reis

Angra dos Reis testemunhou nesta quinta-feira (17) a presença do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marco Antônio Amaro, durante a execução de um simulado de emergência nas usinas nucleares. A visita teve lugar na sede da Defesa Civil, onde o ministro foi acolhido pelos secretários de Governo e Relações Institucionais, Cláudio Ferreti, e de Proteção e Defesa Civil, Fábio Jr. Na ocasião, foi feita uma explanação sobre o funcionamento do Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais de Angra dos Reis (Cemaden-AR).

O Cemaden-AR desempenha o papel fundamental de enviar alertas preventivos à população, visando comunicar riscos iminentes, quer de natureza geológica, quer hidrológica.

“Este exercício reveste-se de extrema importância para a comunidade angrense. Através de uma colaboração entre o município, o estado e o governo federal, reunimos mais de 60 instituições neste exercício abrangente de emergência nuclear. Isso não só traz maior transparência às atividades desenvolvidas na cidade, mas também amplifica a segurança dos cidadãos de Angra dos Reis”, destacou Ferreti.

Pela manhã, o general Amaro visitou o Centro de Controle de Emergência Nuclear (CCCEN), localizado no Shopping Piratas. Durante a visita, foram acompanhadas as ações simuladas das equipes envolvidas em caso de emergência nuclear, incluindo o gerenciamento das vias rodoviárias da cidade. Este centro, composto por mais de 20 órgãos de defesa e segurança, entre eles a Defesa Civil de Angra, dispõe de salas dedicadas à comunicação e a reuniões em situações de crise.

Além disso, a comitiva ministerial visitou o hospital de campanha estabelecido no Estádio Municipal. A equipe apresentou as estruturas preparadas para atender à população em caso de emergência nuclear, detalhando as rotas de entrada e saída dos pacientes, bem como o procedimento de identificação entre contaminados e não contaminados. Uma simulação de triagem também foi realizada, a fim de identificar equipamentos, roupas ou indivíduos possivelmente contaminados.

Com a infraestrutura hospitalar à disposição, durante os dias do simulado, instituições militares ofereceram serviços especializados à comunidade, incluindo dermatologia, pediatria, clínica geral e odontologia. A média diária de atendimento chegou a 80 pacientes, de acordo com os responsáveis pelo hospital.

“Durante este período de exercício, diversas instituições, tanto militares quanto civis, participaram ativamente, proporcionando um ensaio para eventuais situações de crise. Isso permite aprimorar e treinar nossas equipes para quando suas competências forem necessárias”, ressaltou o ministro do GSI, general Marco Antônio Amaro.

Todo o treinamento de emergência nuclear visa não somente avaliar a resposta estrutural a situações críticas nas usinas, mas também identificar possíveis melhorias e consolidar os procedimentos delineados nos planos de emergência para a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA). Estes planos se concentram na proteção da população, do meio ambiente, das instalações nucleares e dos profissionais que nelas trabalham.