Moradores de Itaipava cobram urgência na substituição de ponte condenada na BR-040
Com a assinatura do novo contrato de concessão da BR-040 prevista para agosto, uma preocupação antiga volta ao centro do debate em Petrópolis: a substituição da Ponte do Arranha-Céu, no km 68 da rodovia, em Itaipava. Considerada tecnicamente condenada e recomendada para demolição, a estrutura segue em uso diário, inclusive por veículos pesados, o que aumenta o risco de acidentes graves.
A Associação Unidos por Itaipava (Unita) tem pressionado as autoridades para que a troca da ponte seja prioridade imediata do novo contrato, que concederá à Nova Estrada Real a administração do trecho entre Rio de Janeiro e Juiz de Fora por 30 anos. No entanto, o cronograma oficial prevê a substituição apenas a partir de 2028, durante a fase inicial da nova gestão.
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), não há tempo hábil para obras emergenciais, e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) confirmou que a intervenção só ocorrerá dentro de cinco anos. Enquanto isso, a ponte exibe sinais visíveis de deterioração, sinalização precária e ausência de barreiras para limitar o tráfego de veículos pesados.
Para a Unita, a situação é alarmante. O presidente da entidade, Alexandre Plantz, afirmou que a estrutura deveria estar interditada. “A ponte está comprometida e deveria estar interditada. A falta de fiscalização agrava ainda mais o risco.”
A associação exige que o contrato de concessão inclua cronograma detalhado, ações imediatas de segurança, transparência na execução da obra e fiscalização rigorosa. Enquanto a nova concessionária não assume a gestão, a entidade reforça que cabe ao poder público agir com urgência para evitar uma tragédia anunciada.