Movimento Petrópolis 2030 alerta para riscos com novo adiamento de concessão da BR-040
O adiamento da assinatura do contrato da nova concessão da BR-040, inicialmente marcada para 15 de agosto e agora prevista para o final de setembro, gerou forte reação do Movimento Empresarial Petrópolis 2030, que reúne 30 entidades da sociedade civil e do setor produtivo da cidade. Para o grupo, o atraso compromete o cronograma de retomada da nova pista de subida da Serra, considerada estratégica para o desenvolvimento econômico de Petrópolis e de toda a Região Serrana.
A prorrogação foi solicitada pelo consórcio Nova Estrada Real, vencedor do leilão, e aceita pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A expectativa é que a operação tenha início em outubro. Enquanto isso, a rodovia segue sob gestão da Concer, concessionária com histórico marcado por obras não entregues e promessas descumpridas, como a própria nova subida da serra, iniciada em 2013 e jamais finalizada.
A insatisfação com o legado da Concer foi destacada por Claudio Mohammad, presidente da CDL de Petrópolis e coordenador do Petrópolis 2030, que lembrou o estado de abandono de trechos importantes da rodovia, incluindo um túnel inacabado, como símbolos do descaso enfrentado pelo município. Para ele, o novo adiamento reforça a urgência de criar mecanismos claros de diálogo, fiscalização e cumprimento de prazos, evitando que o passado se repita.
O movimento defende a criação de um canal permanente de articulação entre a nova concessionária, a ANTT, os governos municipal, estadual e federal e a sociedade civil organizada. O objetivo é garantir transparência, pactuação de metas e acompanhamento efetivo das obras e dos serviços a serem prestados.
A BR-040 é um eixo logístico vital para Petrópolis, conectando a cidade ao Rio de Janeiro, à Região Metropolitana e ao fluxo anual de mais de dois milhões de turistas, além de servir diariamente a cerca de 10 mil moradores. Para o Petrópolis 2030, a nova concessão é uma oportunidade decisiva de reverter um histórico de negligência, e a cidade não pode mais conviver com atrasos ou omissões que travam seu crescimento e impactam diretamente a qualidade de vida da população.