Movimento Petrópolis 2030 pressiona por aceleração da nova pista da Serra na BR-040

O Movimento Petrópolis 2030, formado por representantes da sociedade civil e do setor produtivo local, intensifica a pressão junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e ao consórcio responsável pela nova concessão da BR-040 para que a construção da nova pista de subida da Serra de Petrópolis, atualmente prevista somente para 2029, seja antecipada. A obra, iniciada em 2013 e paralisada em 2016 com apenas 25% executados, é considerada prioridade pela entidade, que ressalta sua importância para a segurança, economia e turismo da região.

Segundo o movimento, o abandono da obra gera prejuízos diários que impactam diretamente a população, o comércio e a indústria local, com acidentes frequentes, congestionamentos e custos operacionais elevados. O trecho atual da serra é classificado como obsoleto e inseguro para o volume de tráfego atual, enquanto os motoristas continuam pagando tarifas de pedágio que já incorporam custos relativos a uma obra inacabada.

Claudio Mohammad, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis e líder do movimento, criticou a situação: “Não faz sentido iniciar uma nova concessão sem resolver o maior passivo que essa rodovia possui há quase três décadas.” Ele defende a urgência de antecipar a conclusão da nova pista para garantir mais segurança e eficiência no trânsito.

O documento entregue à ANTT e ao consórcio também apresenta dados da Firjan que apontam prejuízos de cerca de R$ 100 milhões anuais para o estado, decorrentes de acidentes, engarrafamentos e custos operacionais. Estima-se que, até 2031, a falta da pista nova possa resultar em mais de 3.500 acidentes. Além disso, a BR-040 é crucial para o turismo local, que atrai mais de dois milhões de visitantes por ano, e para o escoamento da produção de 277 indústrias, além de facilitar o deslocamento diário de mais de 10 mil moradores de Petrópolis.

O movimento reforça ainda o pedido por um plano de execução transparente, com metas definidas, e pela criação de um canal permanente de diálogo entre as entidades locais, a ANTT e o consórcio, para monitorar o andamento das obras e os efeitos da nova política de pedágio.