Mutirão para recuperação da restinga será na segunda-feira em Macaé
As ações para recuperação de parte da restinga da orla das praias macaenses continuam. A Secretaria Municipal de Ambiente, Sustentabilidade e Proteção Animal, que tem como meta o plantio de milhares de mudas, realizará junto ao Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Nupem/UFRJ) e o do Instituto Federal Fluminense (IFF) o plantio de cerca de 300 mudas nesta segunda-feira.
O encontro para o trabalho será às 8h, no Nupem, localizado na Avenida São José Barreto, 764, bairro São José do Barreto e a ação se dará, a partir das 9h30, no cruzamento da Avenida Conselheiro Almeida Pereira, com Avenida Amaral Peixoto, próximo ao estacionamento da Petrobras.
O prefeito Welberth Rezende e o vice-diretor do Nupem, professor Francisco de Assis Esteves, que é pioneiro em pesquisas acadêmicas em biologia e ambiente no município, estarão presentes. O secretário de Ambiente, Sustentabilidade e Proteção, Juninho Luna, disse que toda a equipe de Arborização e Paisagismo atuará no projeto e também estudantes.
“É uma ação importante e inovadora. Não se tem histórico de um plantio com estas características, junto com o meio acadêmico. Esta área servirá de laboratório de pesquisa e o desenvolvimento das mudas será acompanhado. Este projeto poderá vir a ser exemplo para outras cidades, porque o seu objetivo é proteger de forma natural a orla, contendo as ações de ressacas e marés. Isso é fundamental para o nosso ecossistema e para as nossas praias”, ressalta.
Além do plantio das mudas, serão colocadas cercas de proteção e placas autoexplicativas para identificação das espécies e ainda para a conscientização dos frequentadores sobre a importância de sua conservação.
As mudas estão sendo produzidas pelo professor do Instituto Federal Fluminense (IFF/Cabo Frio) e doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Conservação do Nupem, Ocimar Ferreira, e pelo professor do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ/Arraial do Cabo), Murilo Minello. O processo é realizado no Laboratório de Ecotoxicologia e Microbiologia Ambiental do IFF.
Neste laboratório, os fungos nativos que vivem no local do plantio são multiplicados em viveiros e inoculados nas plântulas que serão utilizadas para recuperar a restinga impactada. Depois de rustificadas, elas são transplantadas em sacos biodegradáveis para o plantio. Este processo, segundo os pesquisadores, garante a durabilidade e sucesso da ação.