No clima da Copa: Projeto Na Régua promove decoração verde e amarela em comunidades do Rio
Murais, desenhos, bandeirinhas e muita animação são os ingredientes que ditam o tom da expectativa pelo hexacampeonato da Seleção Brasileira de Futebol nas 22 comunidades contempladas pela iniciativa do Governo do Estado
Tintas, pincéis, criatividade e centenas de pequenas mãos trabalhando na torcida pelo hexacampeonato da Seleção Brasileira. Esses foram os ingredientes escolhidos pelos moradores das 22 comunidades fluminenses contempladas pelo Projeto Na Régua para receber a abertura da Copa do Mundo do Catar, marcada para este domingo.
Graças ao talento do artista plástico Marcos Alexandre Jambeiro (53), que orienta crianças e adolescentes das áreas em que o projeto atua a expressarem em verde, amarelo, branco e azul, toda sua paixão pelo futebol no ambiente onde vivem. A iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Obras (Seinfra), tem como objetivo resgatar a tradição de mudar a cara dos bairros na expectativa por mais um título mundial.
Nesta sexta-feira, foi a vez de 30 crianças da Mangueira empunharem pincéis de variados tamanhos para participar da caracterização de uma das principais ruas da comunidade. Voltada ao tema da inclusão social, as pinturas fazem menção a pessoas de várias cores, estaturas e condições físicas, além de símbolos da Copa.
De acordo com Jambeiro, envolver a comunidade na maior festa do futebol tem sido gratificante. “Trabalho com pintura artística há 20 anos, muitas vezes participei dessas caracterizações de Copa do Mundo, mas há algum tempo vinha percebendo um certo desânimo da população para decorar as ruas. Agora, como parte da equipe do Na Régua, os moradores estão mais empolgados, se mobilizando pra ver nossos desenhos ganhando vida”, explicou o artista.
Do meio-fio aos murais; das bandeirinhas às grandes pinturas no asfalto, os pequenos deixam suas digitais na comunidade, numa ação aprovada pela moradora Aline Calisto (31). Voluntária no projeto Brincando de Aprender, que funciona ao lado da Associação de Moradores da Mangueira, ela opina sobre a importância de ações culturais na região.
“Achei ótima essa ideia do projeto, inclusive penso que isso deveria partir de várias escolas, porque aqui na Mangueira temos uma cultura muito rica. O grafite é mais uma forma de arte, né? E quanto mais as crianças se envolvem nessas atividades, mais elas cuidam do próprio ambiente, cobram que outros não sujem as paredes porque eles ajudaram a pintar”, afirma.
Ao todo, mais de 40 galões de tinta, 44 rolos de fita, dezenas de pincéis, centenas de bandeiras e fitilhos foram disponibilizados pelo Na Régua para a iniciativa, que é uma das vertentes do Programa Casa da Gente. “Esse movimento, além de resgatar o clima dos jogos, promove a interação entre os moradores, nosso projeto e a comunidade.
Além de promover moradia digna para quem mais precisa graças ao trabalho dos nossos arquitetos e engenheiros, estabelecer essa parceria junto aos cidadãos é um dos nossos principais objetivos”, explicou o secretário da Seinfra, Rogério Brandi.
Como funciona o Na Régua?
Espalhados pela Região Metropolitana e capital, os escritórios do Na Régua prestam atendimento gratuito de assistência técnica de arquitetura e engenharia, e integra as ações do Programa Casa da Gente, executado pela Secretaria de Infraestrutura e Obras em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
“Este é um projeto que tem o potencial de mudar diretamente a qualidade de vida das pessoas para melhor, amenizando situações de insalubridade com soluções de baixo custo e evitando doenças respiratórias, alergias e outros problemas comuns a ambientes mal arejados. Trabalhamos para aproximar o poder público de quem mais precisa de políticas públicas de habitação”, afirmou o subsecretário de Habitação da Seinfra, Allan Borges.
Cada um dos 22 escritórios do projeto Na Régua conta com um engenheiro, arquiteto e técnico em edificações para realizar visitas às casas e oferecer orientações. Prestar assistência técnica com entrega de projetos da casa ao morador, também é uma das funções realizadas nos escritórios. Atualmente todos funcionam de segunda a sexta-feira, de 9h às 17h:
Buriti – Congonhas: Rua Pedro Alexandrino, 293 – Associação de Moradores
Brás de Pina: Rua 51- Quadra D3 lote 12 – Associação de Moradores da Santa Edwirges
Cajueiro: Travessa Central do Sossego, 39 – Associação de Moradores do Cajueiro
Jacarezinho: Rua Nossa Senhora das Graças, 128 – Ciep Vinícius de Moraes
Mangueira: Rua General Bento Ribeiro, 4 – Fundação Leão XIII
Providência: Rua Grota, 18
Serrinha: Rua Mestre Darcy do Jongo, 162 – CUPA
Parque Maré: Rua João Araújo, 117 – Associação de Moradores do Conjunto Rubens Vaz
Rocinha: Autoestrada Engenheiro Fernando Mcdowell, 15 – Ciep Ayrton Senna da Silva, 303
Queimados (Morro do Ki Suco, Morro da Paz e Vila Coimbra): Avenida Irmãos Guinle, 1497 – salas: 104, 106 e 108
Marcílio Dias: Avenida Lobo Júnior, 83 – Associação de Moradores
Tijuquinha: Rua da Mangueira, 16
Vila Kennedy: Rua José Toledo de Oliveira, 255
Dom Bosco (Nova Iguaçu): Rua Gelo, 220
Parque Acari: Rua Guaiuba, 210 A
Pavão-Pavãozinho/ Cantagalo: Rua Alberto de Campos, 12
Santa Maria: Ladeira Santa Maria, 1
Cesarão: Avenida Marginal, 305 (Fundação Leão XIII)
Morro da Penha: Rua São Diogo Servidão, 49, Sala 7A
Parque da Cidade: Estrada Santa Marinha, 59
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