No Dia Mundial do Combate ao Câncer de Mama, conheça a história da advogada que superou a doença quatro vezes
Paciente do CTO, Josília Fasbender revela sobre como encarou os diagnósticos da doença ao longo da vida e destaca a importância das mulheres se conscientizarem e fazerem os exames de rotina: “A prevenção salva”
O Dia Mundial do Combate ao Câncer de Mama é lembrado nesta quarta-feira. Durante todo o mês, uma série ações ocorrem dentro da campanha Outubro Rosa, com o objetivo de conscientizar, principalmente as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce e da prevenção.
Foi por conta desse cuidado e atenção com o corpo que a advogada, professora universitária e paciente do Centro de Terapia Oncológica (CTO), Josília Fassbender, superou a doença por quatro vezes. Ela atribui todas as curas à prevenção e conta um pouco da sua história e de como foi cada diagnóstico.
A primeira vez em que teve o câncer de mama detectado foi em 1992. Na época, a advogada diz que foi preciso retirar os ductos da mama esquerda e passar pela radioterapia. Já o segundo câncer de mama foi descoberto em 2003. Josília conta que fez a cirurgia para retirada do tumor. O terceiro diagnóstico ocorreu em 2012. Um outro tipo de tumor e a advogada passou novamente por uma cirurgia na mama e começou o tratamento de quimioterapia oral.
Ainda durante o tratamento, mas já em 2016, ela recebeu o quarto diagnóstico de câncer também na mama esquerda. Dessa vez, só foi possível detectar o tumor por meio da ressonância magnética. “O exame foi pedido pelo médico por conta do meu histórico que já reclamava maiores cuidados e o câncer foi identificado na fase inicial”, revela a advogada, que neste quarto diagnóstico fez a mastectomia. “Minha mama já era muito recortada. Agora ainda falta fazer a reconstrução”, conta.
Já curada, Josília diz que o enfrentamento à doença por essas quatro vezes esteve associado a uma fé grande e ao fato de estar sempre atenta e fazendo os exames de rotina. “A campanha do Outubro Rosa é extremamente importante para lembrar as mulheres de cuidarem da mama, de fazerem os exames que hoje em dia estão bem mais acessíveis. E a mensagem que deixo é que não se descuidem porque a prevenção salva. Foi ela que me salvou, aliada à minha fé inabalável e a forma como encarei os diagnósticos. Nesses quatro cânceres que tive, nunca fiquei vivendo para doença, sempre busquei a cura”, diz.
A advogada conta que esta foi uma postura voluntária. “Mas acho importante dar esse depoimento para que as pessoas não fiquem pensando na doença, façam o tratamento, o acompanhamento médico, mas a vida continua, cheia de alegrias e de tristezas,” afirma.
Diagnóstico e prevenção
Neste ano, a campanha do Outubro Rosa no Centro de Terapia Oncológica (CTO) deixa a mensagem “Declare seu amor por você sempre”. A ideia é estimular a conscientização sobre a importância da prevenção ao câncer de mama.
Segundo a oncologista do CTO, Carla Ismael, a doença é a mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. Por este motivo, a especialista destaca que as pacientes devem sempre estar atentas e fazer a mamografia anualmente, complementando com a ultrassom da mama e, quando solicitada pelo médico, realizar a ressonância. “A gente aconselha que a mamografia seja feita a partir dos 40 anos de idade e, quando há casos na família, por exemplo, se algum parente teve o câncer de mama aos 45 anos, deve-se fazer a mamografia a partir dos 35 anos”, explica.
A oncologista destaca ainda que o autoexame não substitui os exames radiológicos, mas continua sendo importante. “As mulheres devem, sim, apalpar as mamas e, notando algum nódulo, devem buscar o especialista imediatamente”, afirma a médica. Ainda de acordo com a especialista, mulheres que menstruam devem fazer o autoexame dois dias após o fim da menstruação e, as mulheres que estão na menopausa, devem fazer pelo menos uma vez por mês.
Foto: divulgação