Novas reprovações de ônibus em Petrópolis elevam preocupações com segurança no transporte público

Durante uma vistoria conduzida nesta segunda-feira (18), uma equipe liderada pelo vereador Hingo Hammes, presidente da Comissão de Transporte Público e Mobilidade da Câmara Municipal de Petrópolis, flagrou a operação contínua de 39 ônibus pertencentes às empresas Petro Ita e Cascatinha, mesmo após reprovação em uma vistoria realizada pela Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans). Esta descoberta ocorre 11 dias após uma decisão judicial, feita pelo juiz da 4ª Vara Cível, Jorge Luiz Martins Alves, em resposta a um pedido do Ministério Público e da Comissão de Transporte, que exigia a retirada e substituição dos veículos reprovados devido a questões de segurança. O intuito é proteger a vida dos funcionários das empresas, usuários do sistema e da população em geral, após inúmeros problemas com veículos das empresas registrados no último mês.

A equipe de fiscalização verificou a situação de 84 veículos, dos quais 59 pertencentes à Petro Ita e 25 à Cascatinha. Entre eles, 39 veículos (somando o total das duas empresas) foram identificados como reprovados no relatório da CPTrans anexado pelo Ministério Público ao processo na 4ª Vara Cível. Outros 24 foram considerados aprovados com restrições. O vereador Hingo Hammes expressou sua preocupação diante da situação, salientando o desrespeito flagrante à população: “Estamos diante de um flagrante desrespeito à população. O problema é que esse desrespeito coloca em risco as vidas de milhares de pessoas, em especial de quem depende do transporte público, que é um serviço essencial. Esperamos que as empresas cumpram o prazo fixado pela justiça e substituam os veículos”.

Ele ainda acrescentou: “Vamos continuar fiscalizando e cobrando que a operação seja feita de maneira segura. Se as empresas não tiverem condições de cumprir as obrigações e garantir um serviço seguro, que o município atue na forma da lei e faça a intervenção”.

Em uma decisão proferida em 7 de dezembro, o juiz Jorge Martins ordenou a retirada imediata com substituição, dentro de um prazo máximo de 10 dias úteis, de todos os ônibus em circulação reprovados em questões de segurança pela CPTrans. Além disso, determinou que veículos reprovados devido a questões relacionadas à acessibilidade devem ser adequados ou substituídos em 30 dias. A Viação Cascatinha também terá que substituir os veículos com mais de 11 anos no prazo de 120 dias. O relatório detalhado sobre a situação de cada ônibus será encaminhado ao Ministério Público e à 4ª Vara Cível para conhecimento e providências adicionais.