O Rio de Janeiro investe na inclusão digital para impulsionar o desenvolvimento tecnológico
O estado do Rio de Janeiro tem se dedicado cada vez mais ao avanço tecnológico, não apenas na capital, mas também nas cidades do interior. Iniciativas importantes estão sendo desenvolvidas para reduzir a lacuna tecnológica e colocar o Brasil em igualdade com os grandes centros mundiais. E a aposta para alcançar esse objetivo é o investimento na educação.
Um estudo realizado pela Universidade Getúlio Vargas mapeou a exclusão digital no estado do Rio, trazendo informações preocupantes. Porém, nem tudo são más notícias. A pesquisa revelou que os municípios mais incluídos digitalmente são Niterói, Rio de Janeiro, Volta Redonda, Resende e Petrópolis.
Por outro lado, os cinco municípios com menor inclusão digital são São Francisco de Itabapoana, Varre-Sai, São José de Ubá, Sumidouro e São Sebastião do Alto. Niterói se destaca como o município com maior proporção de pessoas com acesso a computadores, alcançando 34,16% da população. Já São Francisco de Itabapoana possui o menor índice de inclusão digital, com apenas 1,16% da população tendo acesso a computadores.
Diante da urgência desse tema, muitos municípios têm direcionado esforços para democratizar o acesso às tecnologias e ao mundo digital. Na semana passada, a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia (SMCT), em parceria com a Firjan/SENAI/SESI, lançou o projeto Estação Rio de Tecnologia. Trata-se de unidades móveis personalizadas que oferecerão gratuitamente experiências tecnológicas e inovadoras de forma itinerante para a população que muitas vezes não tem acesso a esses recursos. Ao longo de um ano, serão oferecidas 600 oficinas, beneficiando diretamente seis mil pessoas.
Com o objetivo de atender a essa demanda tecnológica, foi criada a Estação Rio de Tecnologia, que busca atrair novos públicos para o universo digital e contribuir para a melhoria da qualidade de vida por meio da disseminação e promoção de tecnologia, inovação, empreendedorismo, economia criativa e comunicação. Dessa forma, a SMCT visa ampliar a atuação de seus equipamentos e expandir seu alcance.
O interior do Rio de Janeiro também tem se destacado ao oferecer serviços que têm atraído cada vez mais a atenção do público. Em Maricá, foi realizada a formatura da segunda turma do programa Maricá Edutech, que visa qualificar profissionais em tecnologia e metodologias ágeis de gestão de projetos. Os alunos participaram de um evento no formato “hackathon”, uma maratona de programação que movimentou toda a área de tecnologia da empresa.
Na região serrana, que abrange Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, o SerraTec é uma entidade que reúne empresas ligadas à tecnologia dessas cidades e estimula a discussão de projetos. Um dos destaques é um curso de vários meses para preparar talentos no desenvolvimento de TI. Muitos dos alunos desse curso são absorvidos pelas empresas da própria região. Atualmente, essa indústria emprega centenas de pessoas em Petrópolis, onde se concentra a maior parte dos negócios.
Uma das apostas na educação é a Residência em TIC/Software, um programa ágil de imersão tecnológica para o desenvolvimento de software, conceitual-prático, gratuito e de alto impacto socioeconômico na região serrana do estado do Rio de Janeiro. Esse programa é operado pelo Serratec Parque Tecnológico em parceria com a Firjan/SENAI, responsável pela certificação, que tem validade em todo o território nacional.
O Rio de Janeiro está determinado a reduzir a exclusão digital e promover o desenvolvimento tecnológico em todas as regiões do estado. Com investimentos na educação e iniciativas que democratizam o acesso à tecnologia, espera-se que o estado possa se equiparar aos grandes centros mundiais e impulsionar o progresso tecnológico em benefício de toda a população.