Parceria com UFRJ garante Macaé como referência no combate à Covid-19
A Prefeitura de Macaé, considerada como a melhor cidade do estado no combate à Covid-19, segundo a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a atuação com o Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (Nupem) da UFRJ para atingir esse índice foram apontadas pelo prefeito Welberth Rezende como fatores importantes para ampliar a parceria com a instituição. O prefeito esteve no Laboratório de Combate à Covid nesta quinta-feira, dentro do Nupem, acompanhado da diretora do instituto, a neurocientista pós-doutora Cintia Monteiro de Barros.
” A referência da cidade com expressivo desempenho frente ao combate do Covid-19, a testagem em massa e a rapidez dos resultados estão diretamente relacionadas à parceria com o Nupem e vamos ampliar e continuar com a parceria “, relatou o prefeito, que conheceu todos os equipamentos utilizados pelos cientistas professores: todos fazendo Mestrado ou Doutorado.
A diretora do instituto apontou que o local é chamado Laboratório de Combate ao Covid e em breve será migrado para Laboratório de Doenças Emergentes e Negligenciadas, em estrutura em fase final de conclusão.
“Fizemos 15 mil testes de diagnóstico molecular em uma época que nem os laboratórios faziam para identificar quem tinha Covid-19. Dávamos o resultado em 24 horas e por conta disso houve um melhor prognóstico da doença no município”, explicou a diretora do Nupem, acrescentando que o instituto possui vários biomédicos.
Alta performance e tecnologia de ponta
Cintia Monteiro de Barros detalhou que os principais equipamentos do laboratório são leitor de micoplasma, que faz análises inflamatórias, de citocinas, de produção de anticorpos. Também abriga equipamentos de lavagens das placas, centrífugas refrigeradas para centrifugar sangue e PCR em tempo real. O maquinário reúne tecnologia de ponta de alta performance.
O local funciona para fazer análise de sequenciamento e disponibiliza um pipetador automático, no qual não é necessária manipulação manual das amostras: ele faz a manobra automaticamente das amostras. Já o sequenciador, que também vai para o novo laboratório, faz a sequência do material genético. São equipamentos eletrônicos.
” Hoje fazemos pesquisa do Covid, fazemos a vigilância genômica, pesquisando as novas variantes na população, por enquanto só vemos circulando a ômicron, mas estamos sempre buscando novas amostras para verificar se novas variantes surgem”, informou.
A pós-doutora contou também que o laboratório faz a pesquisa da eficácia da vacinação da Covid para saber de quanto em quanto tempo as doses devem ser tomadas e a imunidade desenvolvida nas pessoas.
As sequelas do Covid-19 também são pesquisadas pelo laboratório em parceria com o Centro de Acolhimento e Reabilitação de Pacientes Pós-Covid-19 (CARP), que funciona no Centro de Reabilitação Dona Sid Carvalho, que pertence ao complexo do Centro de Especialidades Médicas Dona Alba, no Centro.
Foto: Rui Porto Filho