Petrópolis recorda tragédia com manifestação de luto e esperança
No último sábado, 15 de fevereiro, Petrópolis marcou três anos da devastadora enxurrada de 2022, uma das piores tragédias da história da cidade, que deixou 242 vítimas fatais e milhares de desabrigados. O dia foi de luto, com manifestações populares e cerimônias religiosas que reuniram moradores e autoridades para relembrar as vítimas e orar por suas almas. No Centro Histórico, o Obelisco tornou-se um espaço de memória, onde balões foram soltos em homenagem a cada uma das vítimas, simbolizando a dor e a força da comunidade que ainda carrega as cicatrizes do desastre.
Embora a cidade viva a dor da perda, a situação atual dos desabrigados e das áreas afetadas pela tragédia continua sendo crítica. Três anos depois, nenhuma casa foi entregue aos desabrigados, e as promessas de reconstrução ainda estão longe de se concretizar. O prefeito Hingo Hammes, que assumiu a gestão municipal recentemente, tem buscado parcerias com o Governo do Estado para viabilizar a construção de novas residências e a recuperação das áreas afetadas. Em seu discurso, Hammes lamentou as vidas perdidas e reafirmou seu compromisso com a recuperação da cidade, destacando a urgência de ações para evitar que uma tragédia semelhante ocorra novamente.
As áreas mais afetadas, como Caxambu, Rua Uruguai, Vila Militar, Floresta e o Alto da Serra, continuam necessitando de intervenções significativas. A Frente Parlamentar de Prevenção às Tragédias da ALERJ tem acompanhado de perto a situação e identificado falhas nas obras essenciais. De acordo com o deputado Yuri Moura, cerca de 65% das áreas afetadas ainda não receberam as devidas intervenções, o que coloca em risco a segurança da população.
Após três anos, os moradores de Petrópolis continuam aguardando por ações concretas que possam restaurar suas vidas e garantir a segurança das comunidades. Apesar de algumas intervenções concluídas, como as da Avenida Washington Luiz e Rua Pedro Ivo, a cidade ainda carrega o peso da tragédia de 2022, e a lembrança deste evento serve como um forte lembrete para que as autoridades trabalhem incansavelmente para evitar que essa história de dor se repita.
