Polícia Ambiental identifica desmatamento ilegal em área protegida na Praia Grande, Paraty

Uma operação realizada pelos policiais ambientais da 4ª UPAm no último sábado revelou uma situação alarmante na Praia Grande, em Paraty. Uma área de aproximadamente mil metros quadrados de vegetação nativa foi alvo de supressão ilegal, colocando em risco a biodiversidade local e violando a legislação ambiental vigente.

A ação foi desencadeada após denúncias encaminhadas pelo programa Linha Verde do Disque Denúncia, um canal crucial para que a sociedade civil reporte práticas ilegais contra o meio ambiente. Os agentes da Unidade de Policiamento Ambiental (UPAm) Juatinga se dirigiram à Rodovia Procurador Haroldo Fernandes Duarte e encontraram uma área de mata devastada, onde árvores de pequeno e médio porte haviam sido cortadas.

De acordo com a Lei 11.428/06, que protege a Mata Atlântica, a exploração de vegetação nativa é rigorosamente controlada, especialmente em áreas próximas a unidades de conservação. No entanto, o que os policiais encontraram foi uma clara violação dessa legislação, destinada a preservar a rica biodiversidade da região.

Além do desmatamento, a fiscalização também revelou indícios de queimadas, com resíduos lenhosos e sinais de fogo presentes na área, agravando ainda mais o dano ambiental. O local afetado está situado dentro da Zona de Amortecimento do Parque Nacional da Serra da Bocaina, uma região especialmente sensível e crucial para a conservação ambiental.

“É extremamente preocupante o que encontramos. A destruição de áreas tão vitais para nossa biodiversidade, especialmente em regiões que são verdadeiros berços de vida, deve ser tratada com a máxima seriedade. A participação da comunidade através do Disque Denúncia é essencial para combater essas práticas ilegais”, declarou um dos agentes envolvidos na operação.

Infelizmente, durante a fiscalização, não foi possível identificar nenhum responsável pelos atos de desmatamento e queimadas, o que complica a responsabilização legal prevista para essas infrações. A ocorrência foi registrada na 167ª Delegacia Policial, que agora deve investigar os fatos e buscar os culpados.

Essa situação expõe não apenas a fragilidade do ecossistema local, mas também a necessidade urgente de políticas públicas mais efetivas voltadas à proteção ambiental. Através de ações de fiscalização como essa, espera-se que a conscientização ambiental seja ampliada, tanto entre a população quanto entre os infratores, reforçando a importância da preservação das florestas, essenciais para o equilíbrio ecológico.