Prefeitura de Niterói busca parcerias para impulsionar a indústria pesqueira
Niterói, cidade conhecida por sua relação com o mar, está empenhada em fortalecer a indústria pesqueira e recuperar sua posição como um dos principais centros do país nessa área. Na terça-feira (23), durante uma reunião com armadores e representantes do Sindicato dos Armadores de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (SAPERJ), a Prefeitura propôs uma união para a elaboração de um pacote de propostas e estímulos. O objetivo é estabelecer parcerias e preparar o setor para os benefícios que virão com a dragagem do Canal de São Lourenço e a entrada em funcionamento do Terminal Pesqueiro no Barreto.
O encontro, liderado pelo subsecretário de Desenvolvimento Econômico de Niterói, Igor Baldez, contou também com a presença do coordenador de Trabalho e Renda da cidade, Brizola Neto. Entre os planos da Prefeitura estão investimentos em infraestrutura proporcionados pela dragagem, além de propostas para financiar a renovação e reforma de embarcações pesqueiras e um programa de qualificação para atender às demandas da indústria pesqueira.
Representantes da Prefeitura confirmaram aos armadores de pesca que serão investidos R$ 140 milhões na dragagem do Canal de São Lourenço, além de cerca de R$ 24 milhões para a cessão do terreno por parte da Companhia Docas, que será anexado ao prédio do Terminal Pesqueiro. O terminal, que foi inaugurado pelo governo federal há cerca de 20 anos, nunca entrou em funcionamento. A reforma e ampliação do terminal estão previstas pela Prefeitura, através de uma Parceria Público-Privada (PPP).
Brizola Neto, coordenador de Trabalho e Renda de Niterói, destacou que, em 2014, o setor pesqueiro e a frente marítima com base em offshore empregavam cerca de 40 mil pessoas na cidade. Atualmente, o setor naval emprega um pouco mais de seis mil pessoas. Neto ressaltou que o incentivo a esses segmentos pode gerar aproximadamente 30 mil empregos diretos, com remuneração e qualificação elevadas.
O presidente da SAPERJ, José Inácio Figueiredo do Couto, explicou que essa união é de extrema importância porque o setor vive e luta com muita dificuldade e falta de estrutura desde 1992, quando acabou o Mercado da Praça XV, no Rio, que era um local de comercialização e desembarque do pescado.