Prejuízo econômico causado por atividades ilegais atinge R$ 453,5 bilhões em 2022, revela estudo da CNI/FIRJAN
Um estudo intitulado “Brasil Ilegal em Números”, produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), revelou que atividades ilegais como contrabando, pirataria, roubo, concorrência desleal por fraude fiscal, sonegação de impostos e furto de serviços públicos resultaram em um prejuízo econômico de R$ 453,5 bilhões ao país em 2022.
A nota técnica destaca que a maior parte desse montante refere-se aos prejuízos diretos com os impostos que deixaram de ser arrecadados, totalizando R$ 136 bilhões, recursos que poderiam ser revertidos em benefícios para a sociedade. O estudo será apresentado no seminário “Combate ao Brasil Ilegal” que ocorrerá na sede da CNI em Brasília, no dia 18 de abril.
“Essa cifra de R$ 453,5 bilhões é um desastre nacional que afeta todos os cidadãos e os governos municipais, estaduais e federal. Representa uma perda equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) do estado de Santa Catarina. A CNI, Fiesp e Firjan buscam chamar a atenção para essa calamidade e instar os governos a adotarem medidas mais rigorosas para combater essa ilegalidade, investindo ainda mais em segurança pública em todo o país”, destaca Carlos Erane de Aguiar, diretor da Fiesp e da Firjan na área de segurança.
O estudo também revelou que, levando em conta 15 setores afetados pelo mercado ilícito, o Brasil deixou de gerar quase 370 mil empregos com carteira assinada em 2022. Dentre os setores afetados estão: audiovisual (filmes), bebidas alcoólicas, brinquedos, celulares, cigarros, combustíveis, fármacos, cosméticos e higiene pessoal, defensivos agrícolas, material esportivo, óculos, PCs, perfumes importados, TV por assinatura e vestuário.