Profissionais da Maternidade Mariana Bulhões contam suas experiências com a gravidez na adolescência
A chegada de um bebê muda a vida de uma família. Mais ainda quando a gravidez acontece na adolescência. Na última quarta-feira, profissionais de enfermagem da Maternidade Mariana Bulhões que se tornaram mães antes dos 18 anos falaram sobre suas experiências para pacientes internadas. A atividade encerrou a Semana Nacional de Prevenção à Gravidez na Adolescência, que aconteceu de 1° a 8 de fevereiro.
Durante o encontro, as pacientes assistiram a um vídeo com histórias de profissionais da unidade falando da maternidade na adolescência. Elas também foram orientadas sobre o uso de métodos contraceptivos para prevenir uma gestação não planejada e também evitar doenças sexualmente transmissíveis. As ações de conscientização vão até o fim do mês na Maternidade Mariana Bulhões e nas Unidades de Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu.
Coordenadora de enfermagem, Vanussa Sales descobriu sua gravidez aos 17 anos. Embora fosse um momento difícil, pois precisava também cuidar dos irmãos e se preparar para receber um filho, ela não desanimou e, com o apoio da família, perseguiu seus sonhos. Hoje, com 40 anos, ela aconselhou adolescentes que passam por este momento.
“Não estamos aqui para romantizar a gravidez na adolescência, mas sim para reforçar a importância dos métodos contraceptivos e da ajuda para evitar uma gestação. Eu era uma adolescente cheia de sonhos, mas depois que descobri a gravidez esses sonhos se tornaram metas”, relembra. “Hoje sou uma profissional formada e tenho muito orgulho do meu filho. Mesmo eu sendo mãe adolescente, tive sabedoria para lidar com a vida do outro”.
A técnica em enfermagem, Viviane Diniz, de 29 anos, também contou sua história. Com 16 anos, ela revelou medo ao descobrir a gravidez, principalmente para parar de estudar. O problema se agravou, pois, seu filho nasceu prematuro. Com dedicação, ela seguiu o caminho de mãe e boa profissional. Se formou no curso técnico e segue buscando sua especialização como enfermeira.
“Eu não sabia cuidar de bebê e me vi nessa situação. O apoio da minha família foi e ainda é fundamental para mim. Consegui manter meus estudos, ter minha profissão e continuo buscando os meus sonhos. O conselho que eu dou para as adolescentes é que se previnam, mas caso engravidem, não se desesperem. Sigam em frente, porque é um filho, é um amor que vamos levar para a vida toda”, conta.
Ao final da ação, as pacientes receberam kits da maternidade com fraldas e acessórios para os recém-nascidos e participaram de um café da tarde.