Programa Follow-Up atende cerca de 800 crianças por mês em Volta Redonda

Projeto funciona como centro de acompanhamento do desenvolvimento infantil

O Programa Follow-Up do Recém Nascido de Alto Risco de Volta Redonda é  uma área de seguimento do desenvolvimento de crianças, da Secretaria  Municipal de Saúde (SMS). Entre cerca de 800 crianças atendidas, a  iniciativa oferece profissionais multidisciplinares como:  fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais,  pediatras, neuropediatra e odontopediatra.

A sigla Follow-Up vem do termo “seguimento”, a maioria do público do  programa é do Hospital São João Batista (HSJB), seja da maternidade ou  da UTI (Unidade de Tratamento Intensiva) Neonatal. Os bebês chegam com  questões como prematuridade, distúrbios metabólicos, sífilis,  toxoplasmose, entre outros diagnósticos que podem afetar o  desenvolvimento das crianças. O acompanhamento é realizado desde o  primeiro mês de vida até os 5 anos e 11 meses de idade.

A coordenadora do Follow-Up, Cristiane Reis, explicou o trabalho e  destacou a importância do programa. “Esses bebês são encaminhados para  gente e ficam aqui conosco até os 5 anos e 11 meses de vida. O nosso  foco é prevenção, esse cuidado precisa ser iniciado nos primeiros  meses de vida para sequenciar toda a primeira infância. Tanto  hospitais quanto unidades de saúde podem fazer o encaminhamento para o  Follow-Up, desde que tenha indicação médica”, afirmou Cristiane.

A neuropediatra e idealizadora do programa, Claudia Resende Sepulveda,  contou sobre as mudanças do Centro durante os anos, e falou da maior  importância do projeto. ?Começou a se pensar em uma forma de  ?seguimento? dessas crianças, para fazer uma intervenção mais precoce  possível para ajudar nesse processo de desenvolvimento. A maior  importância e a ideia principal desse programa é ser preventivo. A  gente tem uma equipe multidisciplinar, tudo para poder prevenir as  sequelas. Conseguimos ampliar cada vez mais ao longo desses anos. Hoje  temos o rastreamento, a intervenção e agora estamos entrando com as  terapias intensivas?, frisou Claudia.

Pacientes mostram evolução com o tratamento

Ruana de Almeida Gonçalves é mãe do Danilo, que faz acompanhamento com  o Follow-Up, e acredita muito no programa. ?O Danilo teve asfixia ao  nascer, quando eu descobri, já estava um pouco avançado. Vim parar  aqui no Follow-Up, onde ele começou o tratamento e a evolução dele.  Durante esse tempo que ele está aqui, ele evoluiu bastante. Hoje em  dia ele presta muita atenção nas coisas, o pescoço dele já está  começando a firmar nesse pouco tempo que estou aqui com ele. A  importância de ele estar fazendo esse tratamento é para ele evoluir.  Se não fosse o pessoal daqui, não sei como seria minha vida. O  tratamento dele é excelente?, disse Ruana.

A Maria Eduarda Fernandes é mãe da Mariah, que é paciente do Follow-Up  há mais de dois anos.

“A Mariah, quando nasceu, foi diagnosticada com  microcefalia. Ela já saiu do Hospital São João Batista e foi  encaminhada para o Follow-Up. Ela começou com a pediatra e com a  neuropediatra. Depois de exames, descobrimos outro diagnóstico, que é  de Holoprosencefalia Alobar, que é uma má-formação bem rara que,  generalizando, tratamos como paralisia cerebral. Tudo isso com o  programa acompanhando ela. Eu faço atendimento aqui também com o  psicólogo, o que é muito importante. A Mariah vem se desenvolvendo na  medida do possível, os profissionais daqui tentam fazer o melhor”,  finalizou Maria.

Encaminhamento

O encaminhamento para o programa é realizado através dos hospitais,  seja ele público ou privado, de maternidades ou UTI Neonatal. As  unidades básicas de saúde também podem encaminhar para o Follow-Up, a  criança precisa ter até 11 meses e 29 dias de idade. Todo  encaminhamento precisa de indicação médica, seja pediatra ou  generalista.