Projeto de linha marítima entre Rio e Maricá avança na Câmara e pode transformar mobilidade metropolitana
A proposta de criação de uma linha marítima de passageiros ligando o Rio de Janeiro a Maricá voltou ao centro das discussões na Câmara Municipal do Rio, com a apresentação do Projeto de Lei nº 818/2025, de autoria da vereadora Talita Galhardo. A iniciativa busca incluir o serviço de ferry boat no planejamento da mobilidade urbana da capital fluminense, oferecendo uma alternativa de transporte mais sustentável, eficiente e integrada à malha já existente, como metrô, ônibus e VLT.
O projeto propõe que sejam realizados estudos técnicos de viabilidade contemplando impactos econômicos, ambientais, de segurança, acessibilidade e potencial turístico, além da integração com terminais náuticos existentes ou em construção. A medida tem ganhado força nos últimos meses, especialmente após uma reunião estratégica envolvendo representantes das prefeituras do Rio e de Maricá, além de órgãos federais como o DNIT, com o objetivo de alinhar ações para o início das obras ainda em 2025.
Entre os presentes no encontro estavam o secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio, Osmar C.G. Lima, o superintendente do DNIT no estado, Wenderson Monteiro, e o secretário de Habitação de Maricá, Diego Zeidan, que reforçaram o compromisso com a criação de um novo modal aquaviário intermunicipal.
Inspirado em modelos de cidades como Nova York, Istambul e Lisboa, o projeto destaca as vantagens urbanísticas e ambientais do transporte hidroviário, especialmente em áreas com vocação natural para a navegação e congestionamento terrestre elevado. Embora o PL não imponha a criação da linha, ele estabelece diretrizes para estudos, articulação entre entes públicos e privados e estímulo à participação da iniciativa privada, através de concessões ou parcerias.
Se implementada, a linha Rio–Maricá poderá representar um marco na mobilidade metropolitana, promovendo melhoria na qualidade de vida da população, redução do tráfego nas rodovias e um novo impulso ao turismo regional.