Projeto “Mulheres Mãos à Obra” capacita mais 62 profissionais em Volta Redonda
Entre 2021 e 2022, a Prefeitura formou mais de 220 alunas para a Construção Civil
A Prefeitura de Volta Redonda, por meio da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos (SMDH), preparou mais 62 alunas para atuar no setor de construção civil pelo “Mulheres Mãos à Obra”. Entre 2021 e 2022, o projeto capacitou mais de 220 mulheres, divididas em três turmas, nos cursos básicos de Eletricista Predial, Pedreira de Acabamento e Revestimento, Pedreira Predial, Bombeira Hidráulica Predial e Pintura Predial.
O “Mulheres Mãos à Obra” é realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac) e Fevre (Fundação Educacional de Volta Redonda), com apoio da Fundação Beatriz Gama (FBG). A certificação das alunas da terceira edição do projeto foi na última semana, no Teatro Maestro Franklin de Carvalho Junior, anexo ao Colégio Getúlio Vargas, bairro Laranjal.
O motivo para fazer a capacitação varia entre as alunas. Algumas têm foco no mercado de trabalho e outras querem apenas fazer reparos na própria casa. Camila Rosa, de 23 anos, é moradora do Padre Josimo e afirmou: “Tenho certeza que vou ter novas oportunidades de trabalho como eletricista predial. Valeu muito o que aprendi”. Já Edna Barros Estevão, de 59 anos, da Vila Mury, que também fez o curso de eletricista predial disse que vai começar trabalhando em casa. “Depois, pretendo fazer o curso de pintura e buscar o mercado de trabalho”, falou.
A formanda Vanessa das Graças de Moura Costa, do curso básico de Bombeira Hidráulica fez o discurso em nome de todas as alunas.
“Muito se fala sobre até onde nós mulheres podemos chegar, quais espaços conquistar, mas nem sempre se comenta sobre construção civil e como as mulheres fizeram e fazem parte dessa área. O setor sempre contou com forte presença masculina, sendo esse o seu perfil por muitos anos, além disso o mercado sempre considerou a mulher como a parte frágil, então nós não teríamos capacidade de nos adequar à realidade de um canteiro de obras. Mas o projeto ´Mulheres Mãos à Obra´ está ajudando a tornar essa ideia, cada vez mais, coisa do passado, inserindo e ampliando o número de mulheres na construção civil?, acredita.
“No CQP (Centro de Qualificação Profissional) onde são ministradas as aulas), além da instrução, temos acolhimento e amizade de profissionais que não dividem apenas conhecimento, dividem também tolerância, paciência, zelo, respeitando as dúvidas, as dificuldades de cada uma, enfim tudo foi construído literalmente tijolo a tijolo, sem deixar ninguém para trás, celebrando cada pequena vitória e trazendo assim a vontade de fazer cada vez melhor. Aos profissionais o meu muito obrigada, vocês são a alma desse curso”, agradeceu a aluna.
A secretária Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos, Glória Amorim, lembrou que o projeto surgiu em 2011, no terceiro mandato de Antonio Francisco Neto como prefeito da cidade, depois que pesquisa feita com grupo de 40 mulheres do bairro Roma sobre novas profissões apontou interesse na construção civil.
“O ´Mulheres Mãos à Obra´ foi retomado em 2021 e já formamos mais de 220 alunas. O projeto de Volta Redonda é pioneiro, poucos municípios do país têm esse tipo de qualificação voltada exclusivamente para as mulheres. A mulher está comprometida em lutar e ajudar a construir um mundo melhor, uma sociedade mais justa para todos e todas. E nós queremos empoderar as mulheres que terão muito espaço na construção civil, setor que não parou de crescer nem durante a pandemia”, afirmou Glória Amorim.
Também estavam na mesa de autoridades da formatura o diretor-presidente da Fevre, Caio Pinheiro Teixeira; a chefe de gabinete da SMDH, a advogada Juliana Rodrigues; o coordenador do Centro de Qualificação Profissional Aristides de Souza Moreira, Eiji Yamashita; a professora Andréia de Souza (anos finais da SME/Fevre); a diretora do Departamento Pedagógico da Fevre, Valéria Augusta Franco de Carvalho.
Fotos Cris Oliveira Secom/PMVR