Quatro famílias salvam vidas: HGNI realiza simultaneamente quatro transplantes de órgãos

Pela primeira vez em sua história, o Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) realizou, em um único dia, quatro captações de órgãos. Os procedimentos ocorreram entre a última quinta-feira (22) e sexta-feira (23). Ao todo, foram captadas quatro pares de córneas, três pares de rins, três fígados, um coração e tecidos, que beneficiarão um número significativo de pessoas na lista de espera por transplante.

O HGNI desempenha um papel fundamental na redução da fila de espera por doação de órgãos no Brasil. De janeiro a maio deste ano, a instituição já realizou 31 notificações de possíveis doadores ao Programa Estadual de Transplantes (PET) e efetuou 17 captações de órgãos, representando cerca de 60% do total de procedimentos realizados em 2022. A expectativa é de que esses números continuem crescendo, graças ao trabalho dedicado da equipe da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT).

“Agora, contamos com um maior número de funcionários, o que nos permite identificar mais casos de morte encefálica e garantir a manutenção adequada dos corpos. Graças a esse trabalho e à sensibilidade das famílias, conseguimos aumentar o número de captações de órgãos”, explica a médica coordenadora da CIHDOTT, Roberta Carvalho.

Embora exista um protocolo específico a ser seguido pelas equipes médicas, a doação de órgãos só pode ser realizada com a autorização dos familiares do paciente, um fator fundamental para o sucesso dos procedimentos, como ocorreu na última semana. Após essa etapa, o HGNI entra em contato com o PET, que envia cirurgiões especialistas para realizar as cirurgias de captação.

“Nossa intenção é alcançar o potencial máximo de captação de órgãos que o HGNI, como um hospital de trauma, possui. Isso é extremamente importante, uma vez que ainda há pessoas que perdem suas vidas na fila de espera por um órgão doador”, acrescenta a médica.

Para se tornar um doador de órgãos, é essencial que a pessoa comunique sua vontade à família. Não é necessário deixar essa intenção registrada em documentos ou cartórios, bastando que a família esteja ciente do desejo e autorize a doação de órgãos e tecidos.