Rio de Janeiro registra recorde histórico em comércio exterior em 2023
O estado do Rio de Janeiro alcançou um marco significativo em seu comércio exterior no ano de 2023, registrando a maior corrente de comércio desde o início da série histórica em 2000, atingindo a marca de US$ 72 bilhões. Isso reflete valores recordes tanto nas exportações quanto nas importações, resultando em um saldo comercial de US$ 20 bilhões. O Rio de Janeiro se manteve como o segundo maior player do comércio exterior nacional, com uma participação de 12,4%, ficando atrás apenas de São Paulo.
As informações são provenientes do boletim Rio Exporta 2023, elaborado pela Firjan Internacional, com dados da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) e da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do governo federal.
A indústria fluminense desempenhou um papel exemplar, impulsionada principalmente pelo setor de petróleo. Além disso, evidenciou-se a potencialidade de outras vocações da economia, como a cadeia industrial automotiva do Sul Fluminense, que teve um desempenho notável.
As exportações de automóveis de passageiros do estado registraram um aumento de 17%, alcançando US$ 304 milhões, com destaque para o mercado argentino. Empresas como a Nissan contribuíram significativamente para esse crescimento.
No geral, as exportações fluminenses totalizaram US$ 45,9 bilhões em 2023, mantendo-se estáveis em relação ao ano anterior. As importações somaram US$ 25,9 bilhões, representando um aumento de 2% em comparação a 2022.
Os Estados Unidos permaneceram como o principal parceiro comercial do Rio de Janeiro, tanto nas exportações quanto nas importações, excluindo o petróleo. Nas exportações, as vendas para os EUA representaram 39% de participação na balança estadual.
Destaca-se também o aumento nas exportações para a Ásia, especialmente para a China, que registrou um crescimento de 124%, totalizando US$ 626 milhões. Quanto às importações, a União Europeia teve um aumento de 19%, com destaque para França e Alemanha.
No comércio de petróleo, a China permaneceu como a principal compradora do produto fluminense, com 48% de participação. No entanto, houve uma diminuição no volume de petróleo importado, com a Arábia Saudita mantendo-se como principal fornecedora.
Apesar da queda no preço do barril de petróleo, as quantidades totais exportadas aumentaram, indicando um desempenho sólido do setor. O segmento de máquinas e equipamentos também teve um destaque, com um aumento significativo nas exportações.
Esses resultados ressaltam a importância do estado do Rio de Janeiro no cenário do comércio exterior brasileiro, destacando sua diversificação e sua capacidade de se adaptar às condições do mercado internacional.