Roberto Jeferson, responsável por peitar o STF, é político com muito capital eleitoral do estado do Rio

Roberto Márcio
Direto da redação

A menos de uma semana do segundo turno da eleição presidencial, o ex-Deputado Federal, Roberto Jeferson, é o nome mais falado na mídia em geral. Após resistir à uma ordem de prisão do STF, o dirigente que é uma referência no estado decidiu partir para o tudo ou nada e adotou uma postura de resistência frente às ações de Alexandre de Moraes, da maior instância jurídica do país.

O episódio de domingo, no entanto, revela a coerência com que o político nascido em Petrópolis tem adotado na sua carreira política. Sempre foi conhecido pela sua lealdade e coerência com suas pautas que marcaram quase quatro décadas de vida pública. Sempre esteve à frente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), sendo respeitado em todos os viés ideológicos no Congresso Nacional.

A vida de Roberto Jeferson foi inteiramente dedicada não apenas ao país, com posições firmes, mas sobretudo no Rio de Janeiro. Poucos são os políticos que podem se dar ao luxo de ter o carisma que acumulou em toda a sua vida pública. Desde a década de 80, no programa “O Povo na TV”, Jeferson – reconhecidamente um dos melhores advogados criminalistas do país – foi seu ponto de partida de uma carreira que marcou por posições fortes em relação ao Brasil.

Seja em Paraíba do Sul, Três Rios, Petrópolis ou na capital federal, o nome do ex-Deputado Federal sempre foi encarado com respeito. Nos bastidores, é um dos políticos mais influeentes no Brasil antes mesmo da eleição de Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente eleito pelo voto após o fim do regime militar. Ele pode se gabar por nunca ter perdido uma eleição na vida.

Pai de três filhos, deixou para Cristiane Brasil a missão de manter seu legado de muitos anos de vida pública. Através do trabalhismo, Roberto Jeferson deixou para a sua filha a missão de defender as cores do Brasil com um viés de direita e conservador. Hoje, ela tem sido seu braço direito nas duras críticas exercidas ao papel do STF na vida pública atual, que considera um excesso e por não respeitar a liberdade existente entre os três poderes constituídos no país.

Nesta terça-feira, o homem que peitou o STF segue na capital fluminense, tendo sido detido em prisão comum mesmo com sua idade avançada e seus problemas médicos. Por outro lado, ele tem recebido apoio de populares e muitas manifestações na internet tem sido no sentido de reconhecer nele uma figura de resistência aos que considera desmandos de Alexandre de Morais.