Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu realiza evento de conscientização sobre a Doença Falciforme

A conscientização sobre a doença falciforme foi o foco de um evento realizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu no Centro de Saúde Vasco Barcelos, nesta quinta-feira (29). No dia 19 de junho, foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme.

A anemia falciforme é uma condição genética e hereditária que causa alterações no sangue. Os glóbulos vermelhos tornam-se rígidos, adotando a forma de uma foice, o que dificulta a passagem de oxigênio para o cérebro, pulmões, rins e outros órgãos.

Os sintomas mais comuns incluem febre, dores nas articulações, úlceras, infecções e dores abdominais. O diagnóstico precoce pode ser obtido por meio do teste do pezinho, realizado em recém-nascidos, ou por meio do exame de eletroforese de hemoglobina, que pode ser feito em qualquer fase da vida.

Renata Domingos, mãe de Ana Júlia, de 12 anos, descobriu a doença da filha por meio do teste do pezinho. Ela relata: “O diagnóstico foi feito aos 28 dias de vida pelo teste do pezinho. Iniciamos o tratamento no Hemorio e, quando Nova Iguaçu passou a oferecer tratamento aqui, fomos encaminhadas para cá para um acompanhamento mensal. O atendimento é excelente, e recebo muitas informações claras sobre a doença falciforme. Graças ao acompanhamento que temos aqui, conseguimos identificar possíveis complicações precocemente. É fundamental que as mães realizem o teste do pezinho em seus filhos, mantenham seus cadastros atualizados para contato e busquem os resultados. Isso é de grande ajuda.”

Em Nova Iguaçu, todas as Clínicas da Família realizam o teste do pezinho mediante demanda. O exame deve ser feito entre o terceiro e o quinto dia de vida. Atualmente, há 70 pacientes cadastrados para tratamento no Vasco Barcelos, sendo a única unidade que oferece esse serviço.

Há 11 anos, a hematologista Denise Moreira lidera os atendimentos nessa área. Segundo ela: “Esse ambulatório é de extrema importância. A cada 1.200 partos, um bebê nasce com doença falciforme no Estado. Desconhecer essa condição pode levar a complicações desde um infarto até deficiências graves. É crucial que essa informação alcance toda a população. Ao longo desses anos, aprendi muito com meus pacientes. Descobri que o acolhimento e o amor são fundamentais no tratamento dessa doença.”