Setembro Amarelo: Um apelo à valorização da saúde mental e à prevenção do suicídio

O Setembro Amarelo, uma campanha nacional iniciada em 2014, assume um papel ainda mais significativo após a pandemia da Covid-19, que ampliou as discussões sobre saúde mental e destacou a urgência de combater o suicídio. O objetivo é claro: prevenir o suicídio e promover a conscientização sobre a saúde mental. É uma questão que afeta não apenas o campo médico, mas se estende por toda a sociedade, sublinhando a importância de utilizar todos os meios disponíveis para evitar a tragédia do suicídio.

Globalmente, o suicídio é uma realidade devastadora, com mais de 700 mil casos registrados em todo o mundo em 2019, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, são aproximadamente 14 mil casos por ano, o que equivale a uma média de 38 pessoas tirando a própria vida todos os dias. Esses números são alarmantes e ressaltam a urgência de abordar essa questão.

Municípios no Rio de Janeiro estão se unindo para conscientizar a população sobre esse problema crítico. Recentemente, alunas de zumba do projeto São Gonçalo em Movimento participaram de uma caminhada vestidas de amarelo, percorrendo as ruas do bairro Lagoinha. O objetivo era sensibilizar as pessoas sobre a campanha Setembro Amarelo e destacar a importância da saúde mental. Durante o percurso, as alunas compartilharam suas motivações, enfatizando a importância da saúde mental em paralelo à saúde física.

Outros municípios, como Maricá, também estão desenvolvendo atividades relacionadas à saúde mental. Eles têm um trabalho especial focado na prevenção e atendimento às pessoas que enfrentam riscos de suicídio. A psicóloga Franciny Azevedo, do Caps II, destacou a importância da colaboração e integração entre os profissionais para fornecer um suporte eficaz à comunidade. Ela enfatizou que as equipes de saúde trabalham juntas, buscando abordar todos os aspectos da vida do paciente, incluindo fatores sociais, culturais e familiares.

Campanhas de conscientização desempenham um papel vital na redução do estigma associado à saúde mental. O professor de Medicina Lucas Benevides, do Centro Universitário de Brasília (CEUB), observa que mais pessoas estão buscando ajuda e compartilhando suas experiências pessoais. Identificar os sinais de alerta, como mudanças de humor abruptas, isolamento social e expressão de desejo de morrer, é fundamental. Conversas abertas e apoio emocional, muitas vezes iniciados por familiares e amigos, podem ser o primeiro passo para aqueles que enfrentam desafios emocionais.