Transporte público em crise: Incêndio em Petrópolis levanta suspeitas de ação criminosa
Após quase uma semana do incêndio que devastou mais de 70 ônibus em Petrópolis, a 105ª Delegacia de Polícia Civil está prestes a anunciar o desfecho do caso. A investigação, que ainda está em andamento, aponta indícios de que o incêndio possa ter sido provocado intencionalmente.
Na última terça-feira, um triste episódio se abateu sobre a cidade, quando o fogo consumiu o pátio onde estavam estacionados os ônibus das empresas Petro Ita e Cascatinha, responsáveis por 40% do transporte público municipal. Esse incidente só se soma a uma série de más notícias que assolaram a cidade nos últimos anos. Após o incêndio, restaram apenas cinzas e um prejuízo estimado em milhões de reais.
O ocorrido transformou-se em um caso policial, levando a Prefeitura a montar um gabinete de crise para lidar com os impactos causados na vida dos petropolitanos. Vale ressaltar que o transporte público tem sido um ponto frágil em Petrópolis, frequentemente alvo de críticas da população devido ao desconforto e aos altos custos.
A crise no setor poderá assumir contornos ainda mais dramáticos nos próximos dias, pois a polícia trabalha com a possibilidade de alguém ter agido intencionalmente para provocar o incêndio, que resultou em uma pessoa ferida. Espera-se que o anúncio público dos resultados seja feito em breve, e as conclusões da investigação poderão embasar uma eventual ação judicial caso se confirme o crime.
Enquanto isso, para suprir temporariamente a falta dos ônibus destruídos, empresas da Baixada Fluminense disponibilizaram seus veículos para ajudar a atender a demanda na Cidade Imperial. A empresa Máster, por exemplo, que opera linhas de transporte para os bairros Quitandinha e arredores, emprestou 10 ônibus. A Linave e a Nilopolitana também se uniram à Máster em um esforço conjunto.