Unidades Municipais de Conservação Ambiental de Barra Mansa recebem grupo de observadores

Objetivo principal da atividade foi conferir a variedade de pássaros e demais aves nas unidades, além de reforçar a  educação ambiental no município

A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Barra Mansa (SMMADS), o SENAR-BM e o Sindicato Rural-BM promoveram nesta terça-feira, uma caminhada ecológica pelo Parque Natural Municipal Carlos Roberto Firmino de Castro e na Área de Proteção Ambiental (APA) Cândido Silva, ambos no bairro Água Comprida. Além de observar diversas espécies de pássaros nativos da região, e também a variedade de demais aves da Mata Atlântica, foi reforçada a educação ambiental no município a partir da conservação da fauna da Mata Atlântica em Barra Mansa.
A ação contou com apoio do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Barra Mansa (Condema) e participação de membros da Secretaria de Meio Ambiente, estudantes do IFRJ, UniFOA e demais instituições de ensino, pesquisa e extensão da região. Durante a caminhada os participantes puderam observar, fotografar e ouvir os sons das cerca de 50 aves avistadas nos locais.
Segundo pesquisadores, a região abriga mais de 200 tipos de pássaros, o que é aproximadamente 25% das espécies que habitam o estado do Rio de Janeiro, que conta com cerca de 800 tipos de aves, que por via de comparação é uma quantidade de aves maior do que todas as registradas no território dos Estados Unidos.
Segundo o biólogo João Rafael, além dos pássaros já conhecidos, foram catalogadas novas espécies que não haviam sido registradas pelas partes circunvizinhas ao Parque Natural Municipal, como: coruja-orelhuda, bacurau-chintã e saíra-viúva.
“Já identificamos mais ou menos 60 espécies aqui na área, como corruíra, pula-pula, arredio-pálido – que é uma espécie endêmica da Mata Atlântica. Sem sair para observar, também já conseguimos registrar mais de 20 aves pelo seu canto”, revelou o biólogo.
Segundo o engenheiro agrônomo, Hugo Thaner, a observação auxilia na criação e atualização do banco de dados da fauna e flora do município. “Isso pode nos ajudar em casos onde as políticas públicas ambientais possam ser fundamentadas cientificamente a partir dos dados que nós mesmos coletamos dentro do território municipal. A partir da educação ambiental, nós mostramos à população a importância de conservar a fauna e flora, como fazemos nas nove unidades municipais de conservação ambiental da cidade de Barra Mansa”, concluiu.
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