UNIFASE/FMP oferece cursos de Libras para promover inclusão em Petrópolis
Em Petrópolis, aproximadamente 14 mil pessoas se declararam surdas ou deficientes auditivas, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para essa comunidade, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) se revela essencial, não apenas para a comunicação, mas também para a integração social e participação ativa na sociedade. Reconhecida oficialmente no Brasil desde 2002, a Libras desempenha um papel fundamental ao permitir que pessoas surdas expressem suas necessidades e se conectem com o mundo ao seu redor, promovendo assim um ambiente mais inclusivo.
A professora de Libras da UNIFASE/FMP, Clévia Sies, destaca um equívoco comum: “As pessoas acham, equivocadamente, que a Libras é uma segunda língua, quando na verdade, ela é uma língua oficial do Brasil, assim como é o Português.” Essa falta de entendimento sobre a Libras pode criar barreiras significativas para a comunidade surda, que enfrenta desafios diários em sua comunicação. A acessibilidade comunicacional é, portanto, um direito básico que deve ser garantido a todos, e a educação sobre Libras é um passo crucial para promover essa equidade.
Segundo a Federação Mundial dos Surdos (WFD), 80% das pessoas surdas no mundo têm dificuldades em compreender línguas escritas, o que enfatiza a importância da Libras como um meio de acesso à informação. No Brasil, a falta de recursos e infraestrutura para a inclusão da comunidade surda resulta em limitações severas em sua autonomia e integração social. Clévia ressalta que muitos surdos não compreendem o português, e confiar apenas na leitura labial não é uma solução viável. A formação em Libras é, portanto, vital para eliminar essas barreiras.
Com a intenção de promover a inclusão, a UNIFASE/FMP está com inscrições abertas para dois cursos de Libras, um de aperfeiçoamento e outro de extensão. “O curso tem duração de 10 meses e vai do nível básico ao intermediário, com aulas híbridas e módulos específicos de sinais para diversas áreas”, explica Clévia. As inscrições podem ser feitas pelo site da instituição, e os cursos estão disponíveis tanto para graduados quanto para a comunidade em geral, visando capacitar mais pessoas para atender a comunidade surda de forma equitativa.