Visitantes têm até domingo para conferir a mostra “Pinturas de Mangiavacchi”, na Casa de Petrópolis

Quem ainda não visitou a mostra “Pinturas de Mangiavacchi” deve correr: a exposição, que está na Casa de Petrópolis Instituto de Cultura, termina no domingo. No interior de uma das casas mais emblemáticas da cidade, o visitante pode conferir a seleção de trabalhos produzidos por Adriano Magiavacchi entre 2018 e 2022.

A mostra trouxe à tona um diálogo com uma outra exposição: “Inserções”, que ficou em cartaz na Galeria Patrícia Costa, no Cassino Atlântico, em Copacabana, no Rio, até meados do último mês sob curadoria de Claudia Saldanha.

Em Petrópolis, as “Pinturas de Mangiavacchi” apresentam trabalhos do artista utilizando o processo de “seripintura” – termo concebido por ele mesmo e que reúne as qualidades da pintura e da serigrafia, em telas de formatos diversos aglutinadas, como se fossem peças de outdoors, compondo uma única obra – algumas delas chegam a passar de 1.80m.

Adriano Mangiavacchi

Aos sete anos de idade, Adriano Mangiavacchi já reproduzia a textura aveludada das flores com seus lápis de cor. Na década de 1970, viaja para o Brasil e conhece Luiz Aquila, quando passa a frequentar o seu curso de pintura, em Petrópolis. Em 1980, Adriano assume de fato a vocação pela arte, ingressando no grupo de Paulo Garcez, com quem aprende a disciplina de trabalho, a procura da linguagem e a postura crítica. Retoma seu fascínio pela poesia urbana.

Em 1986, véspera de eleições, documentou os restos de propagandas que cobriam os muros da cidade. Essas obras também foram incluídas em exposição coletiva na Plataforma Contemporânea do Museu Imperial. A dramaticidade e espontaneidade dessas intervenções acabaram por influenciar uma fase marcante de sua carreira, em um momento de grande potencial pictórico.

“A cidade é uma fonte de inspiração extraordinária”, afirma, Mangiavacchi.

 

Foto: divulgação