Wladimir Garotinho articula mobilização pela derrubada de veto ao projeto que reconhece semiárido no Norte e Noroeste Fluminense
O prefeito de Campos dos Goytacazes, Wladimir Garotinho, participou de uma reunião em Italva para discutir os impactos do veto presidencial ao Projeto de Lei 1.440/2019, de sua autoria quando deputado federal, que reclassifica o clima do Norte e Noroeste Fluminense como semiárido. O encontro foi promovido pelo Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte e Noroeste Fluminense (Cidennf) e reuniu prefeitos, parlamentares e representantes de entidades regionais.
Wladimir reforçou a importância de derrubar o veto e defendeu que o presidente da República conheça de perto a realidade da região:
— Talvez falte ao presidente conhecimento da nossa realidade. Eu queria que ele viesse aqui, conversasse com os prefeitos e produtores, vivesse a nossa dor. Quem sabe assim não reconsidere ou oriente seu governo a rever a posição. É claro que a realidade de Macaé não é a mesma de Varre-Sai, mas não podemos ser divididos — declarou.
Segundo o prefeito, o projeto não incluía a entrada da região na Sudene, mas apenas a reclassificação climática, justamente para evitar resistências políticas. Conhecido como PL do Semiárido, o texto foi aprovado por unanimidade no Senado e nas comissões da Câmara, prevendo a inclusão de 22 municípios fluminenses na classificação de clima semiárido. O objetivo é garantir condições mais adequadas para o desenvolvimento da agropecuária, já que os municípios enfrentam chuvas cada vez mais irregulares.
A reunião contou também com a presença do senador Carlos Portinho, do secretário nacional de Assuntos Parlamentares André Ceciliano, além de secretários municipais e lideranças políticas da região.
Apesar do veto integral ocorrido em 8 de agosto, Wladimir reforçou que o caminho deve ser o diálogo:
— Não buscamos embate, mas solução. Os benefícios da reclassificação vão muito além da agricultura. O que pedimos é que o governo reveja sua posição para que possamos enfrentar juntos o desafio da escassez hídrica — afirmou.
Agora, caberá ao Congresso Nacional decidir se mantém ou derruba o veto presidencial.