Especial Paraty: A busca pelo equilíbrio entre crescimento e conservação

Bem-vindos a Paraty, um verdadeiro tesouro da costa sul fluminense que encanta moradores e visitantes com sua beleza natural exuberante e seu rico patrimônio histórico. Por trás dessa atmosfera encantadora, no entanto, há desafios que exigem um delicado equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental.

Neste “Especial Paraty”, mergulhamos nas profundezas desse município em franco crescimento, conhecendo de perto o trabalho incansável da Secretaria de Meio Ambiente em sua missão de harmonizar os interesses de progresso e a proteção de uma das regiões mais belas do Rio de Janeiro.

Em uma entrevista exclusiva, o secretário Vinícius Soares de Oliveira compartilha conosco as estratégias e ações implementadas nos últimos anos para enfrentar os desafios ambientais de Paraty. Com um enfoque especial na fiscalização rigorosa e na conscientização ambiental, a cidade busca evitar que se torne um território onde a exploração desenfreada possa comprometer sua riqueza natural.

Embarque conosco nessa viagem por Paraty, onde encontramos um equilíbrio delicado entre a preservação do meio ambiente e o progresso.

Harmonizando desenvolvimento e conservação ambiental

A preservação ambiental é uma questão de extrema importância para o município de Paraty. Em meio a seu notável crescimento, é natural que desafios relacionados à exploração, conservação e degradação estejam presentes em seu cenário. Por isso, a Secretaria responsável por essa temática tem se empenhado em conciliar os interesses do desenvolvimento econômico e social com a preservação de uma das regiões mais encantadoras do estado do Rio de Janeiro.

Em entrevista exclusiva ao RJ Post, o secretário de Meio Ambiente, Vinícius Soares de Oliveira, explicou o trabalho realizado nos últimos anos pela autarquia municipal sob sua gestão. Com ênfase na intensificação das ações de fiscalização e educação ambiental, essa abordagem tem assegurado que Paraty não se torne uma terra sem lei, onde o desmatamento desenfreado possa comprometer a beleza natural da região, estando em total consonância com as políticas ambientais do estado do Rio de Janeiro.

Com a destinação de verbas para a construção de moradias populares, a Secretaria de Meio Ambiente, em parceria com a Secretaria de Obras, agilizou o processo de saneamento e fornecimento de água potável para todas as residências. De acordo com os dados, os imóveis no centro do município já possuem abastecimento de água tratada em 100%, enquanto que esse número diminui nas áreas mais afastadas. Em relação a isso, Vinícius Soares revelou que já está em andamento um processo para solucionar esse problema por meio de programas governamentais em colaboração com outras secretarias.

Outros pontos abordados pelo secretário incluem a concessão de licenciamentos ambientais, questões relacionadas à estrada BR-101 e construções irregulares que têm gerado grandes preocupações. Quanto ao primeiro ponto, todos os procedimentos são realizados com extremo rigor, observando as normas ambientais. A atuação da Guarda Civil e da Polícia é frequentemente necessária em determinados locais.

Para a parte da estrada que passa por áreas protegidas, é essencial um acompanhamento próximo para evitar que obras afetem esses locais preservados. Por fim, Vinícius afirma que a Secretaria tem combatido de todas as formas possíveis para responsabilizar aqueles que causam danos ambientais, especialmente pessoas que não são residentes do município.

“Não podemos permitir que indivíduos construam ou realizem obras em áreas protegidas. A Secretaria de Meio Ambiente tem atuado com rigor e, com a ajuda das forças de segurança, conseguimos impedir que muitas dessas obras fossem concluídas. É importante que todos compreendam que Paraty não é uma terra sem lei. Levamos a questão ambiental muito a sério aqui”, explicou Vinícius, ressaltando as parcerias positivas que têm sido estabelecidas para tornar Paraty um exemplo para outras cidades. Ele citou, como exemplo, a parceria público-privada (PPP) para o saneamento da malha urbana.

Mas como harmonizar o crescimento vertiginoso que Paraty tem experimentado com a Agenda 2030, à qual a cidade se comprometeu em aderir? Ao invés de aumentar ainda mais a repressão aos crimes ambientais, a Secretaria tem buscado promover a educação ambiental nas escolas, entre os moradores e os turistas, ressaltando o valor da preservação da natureza nativa como um patrimônio regional.

“Por meio da educação, podemos reduzir a criminalidade”, comentou o secretário, exemplificando um dos projetos futuros em Trindade, onde não há água tratada. “Já temos um plano para a construção de uma estação de captação e tratamento de água para os moradores e turistas da região”, acrescentou. Segundo ele, parte dos recursos para essas obras virá do ICMS Ambiental, e estima-se que Paraty deva receber cerca de R$ 7 a R$ 8 milhões de reais este ano.