Explorando Paraty: A experiência do repórter mochileiro na cidade histórica

A vida de um repórter mochileiro é repleta de imprevisibilidades, onde o planejamento do dia pode se transformar completamente. Fazer contatos, conversar aqui e ali, organizar pautas para manter a fluidez do trabalho – e, surpreendentemente, tudo correu bem. A busca por notícias sobre a cidade, povos originários e outros temas fez dessa jornada pela cidade histórica uma experiência sensacional. Me apaixonei!

Confesso que cheguei apressado no domingo, marcando o último dia da Flip, a Feira Literária que tomou conta especialmente do Centro Histórico da cidade. A longa viagem e a necessidade de correr contra o tempo para iniciar a cobertura das pautas foram uma verdadeira loucura. De imediato, conversei extensivamente com o secretário Zé Sérgio Moraes e o vereador Márcio de Alvarenga Oliveira, o Márcio da Colônia, sobre o cotidiano de Paraty, projetos culturais e até mesmo a notável ação do vereador que multou Jair Bolsonaro em 2018 por pescar em área proibida.

Naquele mesmo dia, tive a oportunidade de conhecer e entrevistar o prefeito Luciano Vidal, que estava preparando o almoço em uma tenda de alimentação no último dia da Flip. Gentil, Vidal interrompeu seu trabalho para conversar com o Rjpost, sem esquecer também dos populares, já que o tempo todo as pessoas queriam falar com ele. Ele falou sobre política, a feira literária e, principalmente, sobre o prato que preparava – um peixe com banana-da-terra, iguaria caiçara que foi apreciada por muitos naquele dia.

Os dias que se seguiram foram de trabalho árduo, enfrentando calor, chuva e absorvendo uma experiência cultural incrível que nos transportou ao Brasil do Império. Ouvi muitas histórias sobre Paraty, desde a resistência dos quilombolas até disputas por terras em Rio Pequeno, a importância do município quando o ouro vinha de Minas Gerais, especificamente Ouro Preto, até questões ambientais e muito mais. Cada contato e entrevista realizados nesses últimos dias são inestimáveis. Paraty é verdadeiramente encantadora, e não é à toa que é considerada patrimônio cultural da humanidade pela Unesco.

Viver com qualidade, desfrutar de bons restaurantes, mergulhar no passado do Brasil e explorar a rica cultura dos povos originários são apenas alguns dos pontos que me deixaram extremamente feliz em estar na região histórica. Durante esse tempo, conheci pessoas incríveis, acolhedoras, que contribuíram para moldar essa imagem positiva de Paraty. Dos índios aos caiçaras, dos quilombolas aos empresários prósperos da região, da natureza exuberante aos produtos caseiros, Paraty se destaca como um dos melhores lugares do Rio de Janeiro para viver! Então, eu pergunto: como não se apaixonar por Paraty?