Komboio Cultural chega a Petrópolis, Areal e São José do Vale do Rio Preto em novembro
Entre os dias 12 e 20 de novembro, o projeto Komboio Cultural, integrado pelos Grupos Teatro Circense Andança e Palhastônicos, realizará circulação dos espetáculos “Um Réquiem Para Esmeralda – livre adaptação do clássico O Corcunda de Notre Dame” e “Fanfarra Clownesca” por três cidades do estado do Rio de Janeiro: Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto e Areal.
O trabalho foi contemplado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro e Secretaria de Estado e Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (SECEC), por meio do edital Retomada Cultural 2, contando ainda com apoio da Prefeitura Municipal de Areal, do Centro Cultural Novos Horizontes, da Fazenda Vira Mundo e do Trevo Arte, Café e Bistrô. Os espetáculos contam com a participação dos artistas: Andressa Hazboun, Dalus Gonçalves, Léo Gaviole, Luisa Alves, Madson José, Renata Alves e Rose Assis.
De acordo com o ator e circense Madson José, a proposta tem o intuito de levar espetáculos circenses e teatrais a localidades com menor fluxo de atividades artísticas, contribuindo, dessa forma, com a democratização do acesso aos bens culturais. “Os dois espetáculos têm a característica em comum de utilizarem uma Kombi como palco/cenário para as suas realizações. Todas as apresentações acontecerão em espaços públicos, com entrada gratuita, possibilitando, desta forma, o acesso amplo da população. A classificação etária de ambas as propostas é livre”, garante.
A Fanfarra Clownesca reúne palhaçaria, música, dança, circo, poesia e cultura popular brasileira. Entre as técnicas circenses que são utilizadas estão: Pernas-de-pau, monociclo, malabares, diabolô e acrobacia. “É um espetáculo de palhaços em cantoria entremeada por números circenses, danças, poesias e elucidação a algumas de nossas tradições populares (através de versos, ritmos e danças), em um clima de descontração e brincadeira, com espaço para o jogo livre com o público”, conta a atriz Renata Alves.
O repertório é composto por músicas autorais e de domínio público oriundas de nossas manifestações populares, com uma atenção especial voltada para os ritmos de nossas tradições como baião, xote, coco, ciranda, cacuriá, jongo, ijexá, dentre outros. Entre os instrumentos que incrementam a cantoria estão violino, violão, ukulele, sanfona, flauta, pandeiro, chocalho, zabumba, triângulo, caixa do divino e alfaia.
O espetáculo Um Réquiem Para Esmeralda, livre adaptação do clássico O Corcunda de Notre Dame traz como tema central a trágica história do corcunda Quasímodo e da cigana Esmeralda. A história se passa na grande catedral e no labirinto das construções da cidade, reunindo religiosos e vagabundos, ciganos e nobres, heróis e vilões que despertam as mais variadas emoções entre o profano e o sagrado, o grotesco e o sublime. “A história revela relações e conflitos de contextos sociais onde as instituições, os modos, os tabus e as tradições, tornam-se um impedimento aos personagens para viverem plenamente os seus sonhos, interferindo nas suas vidas e destinos”, explica o integrante Léo Gaviole.
A proposta mergulha a encenação na brasilidade, a partir da cultura popular brasileira com seus folguedos e outras tradições, trazendo um rico colorido à trama, por meio de sons, tons, ritmos, danças e maneira de desenvolver a narrativa. Através do lúdico, da graça, da figura do palhaço, busca uma certa leveza em contraponto à densidade da história, fazendo com que o espetáculo seja uma certa mistura de gêneros. “Utiliza os recursos do circo, do teatro, da dança, da música e da literatura, buscando, nesta mistura de linguagens, uma maior empatia e uma, consequente, melhor fruição da obra”, detalha Madson José, que assina a livre adaptação e direção da peça.
Teatro Circense Andança
Fundado em 1993 e composto por Luisa Alves, Madson José, Renata Alves e Rose Assis, o grupo, radicado em Petrópolis, dedica-se à pesquisa sobre trabalho teatral, técnica do palhaço e cultura popular. Mantém um repertório de espetáculos, com os quais já percorreu sete estados brasileiros, além de Itália e Áustria. Participou de vários festivais pelo Brasil, tendo seus espetáculos premiados em alguns deles, mantém o intercâmbio com alguns mestres que embasam sua pesquisa. Dentre eles, Alain Alberganti, Carlos Simioni, Stephane Brodt e Ana Cristina Colla.
Grupo Palhastônicos
Criado em 2018, surge do encontro de três artistas, Madson José, Andressa Hazboun e Léo Gaviole, com vivências diversas no teatro e no circo e com o desejo de experimentar novos hibridismos entre essas manifestações. Com seus espetáculos e outras iniciativas mesclam a linguagem do palhaço com circo, teatro e música. O grupo mantém um repertório de espetáculos apresentado em várias cidades. Nos últimos anos, vem realizando com o Teatro Circense Andança, algumas ações em parceria, como o Festival Riso Solto – Encontro de Palhaçaria e Circo de Petrópolis, em 2022, na terceira edição.
Foto: divulgação