Sindicato dos Rodoviários de Petrópolis oferece atendimento em psicologia para associados

Acompanhamento é feito na sede do sindicato no centro histórico

Cada vez mais as doenças psiquiátricas crônicas se tornam uma realidade no Brasil e no mundo. Transtornos mentais causaram mais afastamentos no trabalho que covid nos anos de 2020 e 2021. Um levantamento da consultoria B2P demonstrou que o índice de afastamento por saúde mental subiu quase 25% nos últimos dois anos.

Fato é que a depressão é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente, que produz alteração do humor. De acordo com a psicóloga Flavia Figueiredo, a doença possui características iniciais como a à tristeza profunda e um forte sentimento de desesperança. “Por isso, é essencial identificar esses sintomas e procurar ajuda psicológica e médica”, ressaltou.

A profissional explica que o que diferencia o quadro de depressão de pessoas que não possuem a doença é que, diante das adversidades as pessoas ficam tristes, sofrem, mas encontram maneiras de superar.

“Em pessoas que possuem depressão, a tristeza não só não dá tréguas, o humor permanece deprimido o tempo todo por dias seguidos. Desaparece o interesse pelas atividades que antes davam prazer e a pessoa não consegue encontrar perspectiva para que seu quadro melhore. Qualquer pessoa pode ser acometida pela depressão, porém, de acordo com estudos da Psicologia, mulheres e vítimas de violência apresentam maior probabilidade”, esclarece Flávia.

Por mais que a maior parte dos trabalhadores do segmento de transporte rodoviário ainda seja composto por homens, há bastante tempo o Sind. Rodoviários percebeu a importância de oferecer de forma gratuita, para os associados ao sindicato, atendimento psicoterápico.

“Nosso público-alvo de atendimento aqui no sindicato tem sido frequente acontecimentos por transtornos mentais, mais especificamente, a depressão. A falta de um bom ambiente de trabalho, com a sensibilização e acompanhamento do dia a dia, dando estrutura sócio econômico cultural para este trabalhador tem contribuído para o aparecimento e diagnóstico desta doença”, frisou Flávia.

De acordo com Glauco Paulino da Costa, presidente do Sind. Rodoviários, por meio da instituição o trabalhador consegue o apoio psicológico gratuito e médico, por meio de convênios com descontos nas consultas ambulatoriais, para identificar, tratar e melhorar o quadro a ser solucionado.

“É também muito importante que o trabalhador rodoviário esteja atento, pois quando é constatada a doença, o médico, responsável pelo trabalhador, deve o encaminhar para o INSS, que deverá determinar o afastamento laboral por meio de perícia”, ressaltou Glauco.

Foto: Gisele Rocha