Volta Redonda alerta para importância do controle e prevenção da  hanseníase no “Janeiro Roxo”

Doença tem cura e o tratamento no município é feito no Centro de  Doenças Infecciosas; o medicamento é disponibilizado pelo SUS, de  forma gratuita

A Prefeitura de Volta Redonda, por meio da Secretaria Municipal de  Saúde (SMS), participa da campanha nacional “Janeiro Roxo” de  conscientização sobre a hanseníase. Implantada desde 2016 pelo  Ministério da Saúde, a campanha tem como objetivo aumentar a detecção  precoce de casos, capacitando os profissionais de saúde da rede de  Atenção Primária para o diagnóstico e divulgando os sinais e sintomas  para a população.

Durante o mês, a equipe do Programa de Controle de Hanseníase (PCH) do  Centro de Doenças Infecciosas (CDI) Doutor Luiz Gonzaga de Souza  esteve em algumas unidades da Atenção Primária para capacitar médicos  e enfermeiros sobre a hanseníase e conversar nas ?Salas de Espera? com  os usuários para ficarem alertas sobre os sintomas e as formas de  contágio.

De acordo com o coordenador do Programa de Controle de Hanseníase, o  farmacêutico Diogo Antônio de Oliveira, as unidades do Santa Cruz,  Água Limpa, Eucaliptal e Açude já foram beneficiadas. ?E ainda vamos  esticar a campanha até o dia 16 de fevereiro, quando faremos o  trabalho na unidade do São Geraldo?, avisou.

Ele acrescentou que o Centro de Doenças Infecciosas fica na Rua  Dionéia Andrade Faria, nº 329, no Aterrado, e está aberto à população  e para os profissionais da Saúde de segunda a sexta-feira, das 8h às  17h.

Orientação é procurar a unidade básica de referência ao identificar sintomas

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, que pode ser  caracterizada por uma mancha de alto relevo ou não, que não dói, pode  coçar em algum momento e apresenta perda ou diminuição de  sensibilidade. Ao notar esses sintomas, a pessoa deve procurar a  unidade da Atenção Primária mais próxima de casa para avaliação.

“Caso o exame físico não seja conclusivo, é possível fazer uma  baciloscopia ou exame de imagem para confirmação. O médico da unidade  básica também pode, em caso de dúvida, encaminhar o paciente para um  dos dermatologistas do CDI”, falou Diogo.

Confirmada a doença, os dois médicos dermatologistas são responsáveis  por receitar o medicamento preconizado pelo Ministério da Saúde e  fornecido pelo governo do estado com exclusividade para o paciente.  Durante o tratamento, que pode durar de seis meses até um ano, outros  profissionais também fazem o acompanhamento de acordo com a  necessidade de cada um.

?Contamos com fisioterapeuta, oftalmologista, nutricionista e também  ofertamos ajuda psicológica. A hanseníase ainda é uma doença cercada  de preconceito, mas é importante reforçar que tem cura e o tratamento  é gratuito. Mas sem o tratamento adequado, a pessoa pode ter  incapacidades físicas e deformidades?, alertou o coordenador do  programa de controle da doença em Volta Redonda.

O contágio da hanseníase se dá pelo contato com o bacilo Mycobacterium  leprae, transmitido por convívio próximo e prolongado, de uma pessoa  doente que não esteja em tratamento para outra, através das vias  aéreas, por meio das gotículas eliminadas no ar pela tosse, pela fala  e pelo espirro. Pode atingir homens e mulheres, adultos e crianças, de  todas as classes sociais.

Fotos de divulgação  Secom/PMVR