Volta Redonda economiza mais de meio milhão de reais com projeto de  recuperação de móveis e eletrodomésticos

Iniciativa ligada à Secretaria Municipal de Ação Comunitária  revitaliza cadeiras, geladeiras, micro-ondas, entre outros equipamentos

A Prefeitura de Volta Redonda economizou R$ 581.509,53 desde a criação  do projeto “Recuperando a Casa”, em agosto do ano passado. A  iniciativa ligada à Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac)  busca recuperar móveis, eletrodomésticos e equipamentos da  administração municipal que estão em desuso por defeitos ou avarias,  garantindo economia e a sustentabilidade aos cofres públicos. Nos 14  meses do projeto, 1.195 itens foram recuperados.

Um dos itens já recuperados, por exemplo, é uma mesa do Restaurante  Popular que custa R$ 1,5 mil. O reparo dela sairia por R$ 230, mas  realizado na oficina do projeto, custou só R$ 80. Uma economia de 35%  que se dá pelo fato do projeto contar com uma oficina própria, que  conta com serviços de solda, funilaria, pintura, estofamento e o  conserto de eletroeletrônicos e de aparelhos de ar-condicionado. O  local fica na Rua Paulo Leopoldo Marçal, no bairro Aterrado (onde  funcionava a antiga Funerária Municipal).

A idealizadora e gerente administrativa do “Recuperando a Casa”,  Fabiane Alves Ferreira, disse que o projeto surgiu devido ao grande  volume de materiais em desuso por pequenos reparos, que acabavam se  tornando sucata.

?Eu trabalhava no setor de Patrimônio da secretaria da Saúde (SMS) e  quando íamos recolher esses bens, notava que era coisa boba. Às vezes  era falta de um parafuso, ferrugem no pé do eletrodoméstico e eu  achava um absurdo retirar aquele equipamento de uso, sendo que havia  outras unidades necessitando. Os depósitos estavam ficando lotados e  eu tive esta ideia. O projeto promove economia e garante a utilização  adequada de cada material?, explicou Fabiane.

Fabiane destacou que além do olhar cuidadoso, a equipe formada por  técnicos em eletrônica, refrigeração, soldador, estofador, auxiliar de  serviços gerais e um motorista conta com uma grande criatividade.  Evitando que os bens patrimoniais se tornem sucatas.

“Recuperamos recentemente um fogão que precisava de uma tampa,  daquelas de vidro. Fomos achá-lo em um depósito e o fogão ficou lindo.  Fazemos cada ?engenhoca? e também criamos peças. Teve mesa que achamos  o tampão perfeito, mas não conseguíamos achar o pé. Com outro pedaço  de ferro nós produzimos um. Então, além do olhar cuidadoso, é  fundamental termos criatividade para achar soluções”, ressaltou Fabiane.

Entre os itens mais recuperados pelo ?Recuperando a Casa? estão  cadeiras, longarinas e eletrodomésticos como: aparelhos de  ar-condicionado, geladeiras, freezers, bebedouros, purificadores de  água e micro-ondas, por exemplo.

O gerente operacional, Paulo Sérgio Miranda, destacou a agilidade da  equipe na recuperação do patrimônio público.

“Na semana passada, tivemos um alagamento da Unidade Básica de Saúde  (UBS) do bairro Dom Bosco, onde três geladeiras foram atingidas. Uma  delas já arrumamos e está pronta, gastando somente R$ 80. Uma  geladeira dessas, nova, custa entre R$ 1,8 mil e R$ 2 mil. As outras  vamos recolher e fazer, sempre priorizando o que é de mais urgente.  Uma autoclave usada em unidades de saúde, que parou de funcionar e uma  nova custa R$ 5 mil, conseguimos recuperá-la por menos de R$ 10. Um  produto que ficaria encostado numa sala, hoje sai reparado e pronto  para o uso”, finalizou.

Fotos: Cris Oliveira/Secom PMVR